Aprovado texto-base de projeto que permite empresas comprarem vacinas

Câmara vota os destaques nesta quarta-feira, a partir das 13h55

Votação de propostas. Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP – AL)

A Câmara dos Deputados aprovou, no fim da noite dessa terça-feira (6), o texto-base da proposta que permite à iniciativa privada comprar vacinas contra a covid-19 para a imunização gratuita de seus empregados, desde que doe a mesma quantidade ao Sistema Único de Saúde (SUS). Foram 317 votos a favor da proposta e 120 contrários.

Vários destaques que ainda poderão mudar o texto serão votados nesta quarta-feira (7), em sessão plenária prevista para começar às 13h55. Com a conclusão da votação, o projeto seguirá para análise e votação do Senado.

O texto-base aprovado é um substitutivo da relatora, deputada Celina Leão (PP-DF), que faz alterações no Projeto de Lei 948/21, do deputado Hildo Rocha (MDB-MA). A aquisição das vacinas, segundo o texto, poderá ser feita pelas pessoas jurídicas de direito privado, individualmente ou em consórcio.

Com informações da Agência Câmara

Fiocruz triplica produção e prevê entrega de 18,4 milhões de doses até 2 de maio

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) passou a produzir 900 mil doses diárias da vacina contra a covid-19, de acordo com comunicado divulgado nesta terça-feira, 6, pela instituição. O número é o triplo do que estava sendo fabricado no início de março. Até o dia 2 de maio, a Fiocruz prevê a entrega de 18,4 milhões de doses para distribuição pelo Ministério da Saúde aos Estados.

O acréscimo, vigente desde o fim de março, se deu pelo início da operação de uma segunda linha de produção no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fiocruz. Com 8,1 milhões de doses já entregues até 2 de abril, a fundação destacou que alcançará a marca total de 26,5 milhões de vacinas repassadas até o início de maio.

Um novo acréscimo na produção é previsto com o início de um novo turno de trabalho, que fará com que a produção diária chegue a 1,2 milhão de doses diárias. As entregas ao Programa Nacional de Imunização, coordenado pelo Ministério da Saúde, são feitas após o processo de controle de qualidade, procedimento que dura cerca de 20 dias e que é necessário para garantir a qualidade da vacina.

A Fiocruz diz que os rígidos protocolos podem alterar ocasionalmente as previsões semanais de entrega de doses. Na semana de 5 a 10 de abril, estava prevista a entrega de 3,2 milhões de doses, quantidade que foi reduzida para 2 milhões. As doses não entregues estão sob análise e deverão ser encaminhadas nas próximas semanas, esclareceu a fundação.

“O cronograma de entregas pactuado com o Ministério da Saúde está seguindo um esquema semanal e está sujeito à logística de distribuição definido pela pasta, além dos protocolos de controle de qualidade. Bio-Manguinhos/Fiocruz não está enfrentando qualquer problema técnico ou operacional na fábrica. Todos os equipamentos funcionam corretamente e as equipes de fabricação da vacina Covid-19 já dominam os processos de produção”, informou em comunicado público.

 

 

Agência Estadão

Alta no preço do gás para distribuidoras impactará consumidor, diz especialista

Preço de gás natural para distribuidoras subirá 39% a partir de 1º de maio.

Os consumidores de gás natural vão sentir o impacto do aumento do preço para as distribuidoras e não há como evitar o efeito negativo no bolso dos compradores finais, segundo o professor do Instituto de Energia da PUC, Edmar Almeida.

O especialista afirma que, apesar da margem das distribuidoras não ser determinada pelo valor do gás que é comprado, o preço pago à Petrobras é integralmente repassado aos consumidores.

O acréscimo de 39% anunciado na segunda-feira (5) pela estatal também pode causar dificuldades em alguns segmentos do mercado, como é o caso do Gás Natural Veicular, o GNV. Os carros convertidos para o GNV se tornam bicombustíveis, permitindo ao motorista escolher a melhor opção na hora do abastecimento.

Segundo Almeida, o novo reajuste pode retirar a competitividade com outros combustíveis, como etanol e gasolina, já que o preço dos outros energéticos concorrentes não sobe necessariamente ao mesmo tempo que o do gás e, dessa forma, a diferença nos postos de combustíveis pode ficar pequena.

 

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Governo faz semana de leilões com expectativa de retorno de R$ 10 bi

O governo federal realiza entre os dias 7 e 9 deste mês uma série de leilões de aeroportos, portos e ferrovia. Chamada de “Infra Week”, a expectativa é arrecadar R$ 10 bilhões em investimentos privados com as concessões. Estão na lista 22 aeroportos, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), na Bahia, e cinco terminais portuários.
O Ministério da Infraestrutura prevê a geração de mais de 200 mil empregos, de forma direta, indireta e efeito-renda, ao longo dos contratos de arrendamento e concessões.

“No dia 7 de abril teremos o leilão de 22 aeroportos. É a mesma quantidade de todas as rodadas anteriores que já fizemos. De uma só vez. No dia 8 de abril a gente faz a Ferrovia de Integração Oeste-Leste. No dia 9, fazemos cinco terminais portuários”, explicou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.….

 

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Por que o Brasil ainda flerta com a ideia de uma intervenção militar?

Quase 60 anos depois da ação que historiadores classificam como um golpe, país ainda não conseguiu virar a página da ditadura como possibilidade de salvação.

Na segunda-feira (29), o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo Silva, deixou o cargo que ocupava desde o início de 2019. Foi substituído pelo general Walter Braga Netto. No dia seguinte, o novo titular da pasta soltou seu primeiro comunicado oficial: um texto sobre o 31 de março, data que marca 57 anos do evento que a história chama de golpe militar.

Braga Netto diz, em sua nota, que naquele dia “as Forças Armadas acabaram assumindo a responsabilidade de pacificar o País” e que a Lei de Anistia, de 1979, “consolidou um amplo pacto de pacificação a partir das convergências próprias da democracia”. No fim, o ministro da Defesa diz que “a Marinha, o Exército e a Força Aérea acompanham as mudanças, conscientes de sua missão constitucional de defender a Pátria e garantir os Poderes constitucionais”.

O ministério anunciou também a troca dos comandantes das Forças Armadas: Exército, Marinha e Aeronáutica. Azevedo e Silva falou sobre o papel das Forças Armadas como instituições de Estado; e o general Edson Pujol, comandante do Exército, pregou respeito à Constituição de 1988.

Para historiadores ouvidos pela CNN, as falas são marcantes e mostram que, quase três décadas após a redemocratização, a vida política brasileira ainda não superou o período da ditadura e o flerte com a ideia de uma intervenção militar.

“As declarações são eloquentes e apontam uma posição do alto escalão contra a ideia de um golpe. Mas é significativo que a democracia brasileira ainda precise discutir essa possibilidade”, diz a historiadora e cientista política Heloisa M. Starling, professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

A defesa de uma nova intervenção militar ou a relativização das ações do regime que durou até 1985 têm sido frequentes em manifestações de rua e em declarações do presidente Jair Bolsonaro. Mas não só. Em junho de 2020, pesquisa do Datafolha mostrou que 22% dos entrevistados defendiam a volta da ditadura ou não se importavam com o fim da democracia. Segundo o instituto, foi o número mais alto desde que a pergunta começou a ser feita, em 1989….

 

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