No estado do Maranhão, o número de casos em nada se compara aos de 2021, no mesmo período, mas mesmo assim inspira cuidados.
Após a sinalização do primeiro caso confirmado da Covid-19 em fevereiro de 2020 no Brasil, o número de pessoas infectadas já ultrapassou dimensões continentais. Passados pouco mais dois anos dos primeiros diagnósticos, os índices de contaminação continuam altos.
Desde o início da pandemia no Brasil, o país já enfrentou três picos de contaminação: no início de 2020; na chegada do variante delta, em 2021; e no início de 2022, com a expansão da ômicron no território nacional.
No cenário atual, os especialistas alertam para uma possível 4ª onda da doença, devido ao aumento no número de contaminados que, entre 20 de maio e 02 de junho de 2022, subiu 122%, passando de 14 mil para 31 mil casos confirmados.
Alguns estados brasileiros optaram pelo relaxamento das medidas restritivas. Dentre as ações, está a não obrigatoriedade pelo uso da máscara e a não solicitação do cartão de vacina para ter acesso a ambientes fechados. Para boa parte dos especialistas, tais atos contribuíram, significativamente, para o aumento dos casos e um possível 4º pico da doença…..
“Com o passar do tempo, a população vai esquecendo das medidas de proteção recomendadas e isso facilita o contágio da doença. Entende-se que é difícil manter esta rotina por um tempo tão longo. No entanto, as máscaras ainda são necessárias e devem ser priorizadas, principalmente por pessoas com sintomas gripais e no aceso a ambientes de maior risco, como unidades de saúde e locais com grande fluxo de pessoas”, afirma o médico infectologista, Moacir Jucá.
No Maranhão, o número de casos em nada se compara aos de 2021, no mesmo período, mas mesmo assim inspira cuidados. A professora Maria Helena Souza disse que foi a um hospital da capital, São Luís porque estava com garganta inflamada e sintomas gripais, testou positivo para a Covid-19 e ouviu do médico que lhe atendeu, que 80% dos pacientes atendidos estavam testando para Covid.
O estudante de enfermagem João Pedro Santos, procurou uma farmácia para fazer o teste rápido e também ouviu da profissional que de 10 testes que eram feitos, 8 estavam dando positivo. “Tem muita gente positivada por aí, e que as vezes nem sabe, porque acha que é só uma gripe mesmo. Embora a gente esteja com sintomas leves, é bom continuar se preservando para não passar para outros, porque a gente não sabe como a doença vai se comportar, né?”.
A alta no índice de infecções de casos de covid-19 no Brasil aconteceu na semana iniciada no dia 5 de junho e encerrada no sábado (11). Segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), neste período foram contabilizados 292.068 novos casos. Essa foi a semana com o maior número de novas infecções desde o intervalo entre os dias 6 e 12 de março – quando foram contabilizadas 317.082 contaminações.
No estado, foram registrados, de acordo com o Painel Covid, 91 novos casos no fim de semana (dias 19 e 20) 62 novos casos na Ilha de São Luís, 4 em Imperatriz e 25 nas demais regiões. Segundo o boletim, há 1.631 casos ativos, sendo que 1.625 estão em isolamento domiciliar, 10 pessoas internadas em enfermaria e 2 em UTI para Covid.
O estado contabiliza 10.890 óbitos e 428.551 pessoas recuperadas. Desde o dia 24 de maio não ocorre óbito por Covid no estado. No mesmo período do ano passado, haviam 30.483 casos ativos no estado, com 28.833 pessoas em isolamento domiciliar, 1.029 internados em enfermaria e 621 em UTI.
De acordo com a última atualização, no dia 20 deste mês, realizada pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias de 26 Estados e Distrito Federal, o Brasil superou a marca de 178 milhões de pessoas vacinadas com, ao menos, uma dose das vacinas contra a Covid-19, correspondente a 83,27% dos brasileiros.
Apesar do avanço, o médico alerta para a necessidade de completar as outras fases da vacinação. “A vacina tem um tempo de proteção e, ao que tudo indica, não é prolongado. Por isso, é de extrema importância manter o ciclo vacinal completo”, relata o especialista.
No estado, já está em fase de aplicação a quarta dose de vacina contra a Covid em em pessoas com 40 anos ou mais.
A quarta dose ou segunda dose de reforço deve ser aplicada quatro meses após a última dose tomada. Para isso, os municípios poderão usar os imunizantes da Pfizer, Janssen ou AstraZeneca, independentemente das vacinas que a pessoa tenha tomado antes.
Para reforçar o apoio aos municípios para a ampliação da cobertura vacinal contra a Covid-19, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, retornará com as edições dos Arraiais da Vacinação.
No Maranhão, a cobertura do esquema básico (D1+D2 ou Dose Única) é de 67,5% da população com 5 anos ou mais.
A estimativa do público a ser vacinado com a primeira dose de reforço é de 5.486.694 pessoas com 12 anos ou mais, e, até o momento, apenas 31,5% dessa população foi vacinada com a primeira dose de reforço contra a Covid-19.
A vacinação contra a Covid-19 está disponível nos postos municipais e, para ampliar a cobertura vacinal, o Governo do Maranhão disponibiliza três pontos na capital: IEMA Rio Anil (antigo Cintra) e as policlínicas Cidade Operária e Vinhais.
Também já está disponível no Maranhão a 3ª dose da vacina contra a Covid-19 para adolescentes de 12 a 17 anos.
Para a vacinação, é necessária a apresentação de documento pessoal que pode ser um RG ou certidão de nascimento e a carteira de vacinação.
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